Miguel Barbieri

23 de dez de 2021

Filmes: 10 surpresas e 10 decepções (ou mais) de 2021

A Última Carta de Amor: romance na Netflix

AVISO! Ainda não é a lista dos melhores do ano, que vai sair no início de 2022. Decidi fazer um post com surpresas e decepções que tive em 2021. Filmes que me surpreenderam porque eu não esperava nada (ou muita coisa) e decepções em longas-metragens, que eu achei que poderia gostar. Acontece com você, acontece comigo.

Não gosto de "pior" porque acredito que cada um enxerga um filme de um jeito - e quem sou eu para apontar o dedo e dizer que o outro está errado?

Confira abaixo a relação dos títulos. A maioria está disponível no streaming, mas dois ainda continuam nos cinemas. Se quiser saber mais, é só clicar no nome do filme (quando estiver em vermelho) que você vai ler no meu texto ampliado.

As surpresas de 2021

Val Kilmer no documentário Val: sem vaidade

A Última Carta de Amor > O elenco está impecável, assim como a recriação de época. Talvez o filme mais romântico do ano. Onde assistir: Netflix.

Alerta Vermelho > É o filme mais caro da Netflix e isso se nota nas várias cenas de ação em locações. Achei uma espécie de Missão: Impossível, só que com muito mais humor. E o adorável Ryan Reynolds é o rei da ironia. Onde assistir: Netflix.

Belle Époque > Um criativo roteiro e atuações no ponto certo fizeram a diferença nessa comédia romântica e dramática. Onde assistir: HBO Max.

O Menino que Matou Meus Pais e A Menina que Matou os Pais > Como eu não esperava nada, me surpreendi com ambos os filmes, que contam, com óticas distintas, os crime do caso Richthofen. Onde assistir: Amazon Prime Video.

Cinderela > Camila Cabello faz uma mocinha longe do estereótipo da Disney e os números musicais me empolgaram. Onde assistir: Amazon Prime Video.

Céu Vermelho Sangue > Tensão em grau máximo numa trama de reviravoltas e muito sangue. Terror sangue bom. Onde assistir: Netflix.

Val > O ator Val Kilmer se despiu da vaidade e, com câncer de garganta, relembrou sua trajetória no cinema, desde a primeira aparição, em Top Secret, de 1984. Onde assistir: Amazon Prime Video.

Polônia à Flor da Pele > Com uma safra de ótimos filmes, o cinema polonês me surpreendeu, mais uma vez, com essa comédia com personagens à beira de um ataque de nervos. Onde assistir: Netflix.

Marighella > Achei que o diretor Wagner Moura poderia ser tendencioso na cinebiografia do guerrilheiro Carlos Marighella (1911-1969). Não foi. Onde assistir: Globoplay.

Quer mais? Ainda acrescentaria à lista:

Jogo Perigoso: a série transformada em filme

Identidade > A trama poderia tocar mais a fundo no racismo, mas amei a direção de Rebecca Hall, atriz que comanda seu primeiro filme. Netflix.

Partida > O ator e diretor Caco Ciocler colocou amigos num ônibus e partiu de São Paulo em direção ao Uruguai. Nasceu um registro da polarização no país. Amazon Prime Video.

Beckett > O roteiro é tolo, mas quem se importa quando o ritmo é frenético? Netflix.

Jogo Perigoso > Era uma série para celular que virou um filme. E deu muito certo. Amazon Prime Video.

7 Prisioneiros > O cinema brasileiro mostrando que sabe registrar sua realidade sem hipocrisia. E Christian Malheiros é um grande ator. Netflix.

Encontradas > Um dos melhores documentários que eu vi em 2021 - e o Oscar ignorou. Netflix.

O Baile das Loucas > A atriz e diretora Mélanie Laurent enfocando a falta de liberdade as mulheres no século 19. Amazon Prime Video.

No Matarás > O galã espanhol Mario Casas fazendo um tipo nerd e suando literalmente a camisa para sair de uma enrascada. Amazon Prime Video.

As decepções em 2021

Finch: Tom Hanks, o robô, o cão e... só!

Caminhos da Memória > Hugh Jackman estrelou uma ficção científica com um personagem que tem uma máquina capaz de trazer de volta as lembranças de seus clientes. Do visual à trama romântica, remete a um Blade Runner - só que bem fracassado. Onde assistir: HBO Max.

Godzilla vs Kong > Espera mais, muito mais, do embate entre o gorilão e o lagarto gigante. O que vi foi uma trama banal com cenas muito escuras, talvez para esconder a mesmice dos efeitos visuais.

Onde assistir: HBO Max.

Imperdoável > Eu até posso perdoar Sandra Bullock porque ela tem uma carreira sólida. Mas é difícil perdoá-la por estrelar um drama inconsistente e cheio de furos. Onde assistir: Netflix.

Casa Gucci > Minha expectativa estava alta e fiquei bastante frustrado. Uma intrigante história real rendeu um filme com roteiro raso, atuações medianas (Lady Gaga está ok) e um sotaque italianado pavoroso. Onde assistir: nos cinemas.

A Crônica Francesa > Eu adoro alguns filmes de Wes Anderson, como O Grande Hotel Budapeste e Ilha dos Cachorros. Mas seu novo trabalho, embora tenha um visual deslumbrante, é arrastado e aborrecido. Onde assistir: nos cinemas.

Finch > Ouvi comentários como é "bonitinho", é "gracinha". Só que de um filme futurista com Tom Hanks, um robô e um cachorro, a gente espera sempre mais. Onde assistir: AppleTV+.

Em um Bairro de Nova York > Quando li que seria um La La Land latino, já fiquei de antenas ligadas. A história e sua representatividade são boas, mas queria coreografias mais elaboradas e ritmo mais pulsante, afinal é um musical com canções de Lin-Manuel Miranda. Onde assistir: HBO Max.

Let Them All Talk > Steven Soderbergh dirigindo Meryl Streep, Dianne Wiest e Candice Bergen numa história de amigas que se reencontram para um cruzeiro de navio. Encontrei uma viagem sem rumo, improvisada e aborrecida. Onde assistir: HBO Max.

Eu Me Importo > Gostei da atuação de Rosamund Pike, mas foi só. Ela interpreta uma tutora que explora idosos num filme em que as minorias são bandidos e criminosos. Onde assistir: Netflix.

Fuja > Outro caso parecido: adoro a interpretação da atriz, Sarah Paulson, mas a trama, de uma mãe que superprotege a filha paraplégica, não me convenceu, além de ter momentos patéticos de suspense. Onde assistir: Netflix.

Se quiser mais, ainda acrescentaria à lista:

Minari: não entendi as seis indicações ao Oscar

Retrato de um Campeão > Representante de Hong Kong no Oscar 2020. Netflix.

Tina > Documentário sem novidades sobre Tina Turner. Plataformas de aluguel.

Minari > Seis indicações ao Oscar 2021, incluindo melhor filme e direção. Não entendi o motivo de tantos elogios. Amazon Prime Video.

A Ausência que Seremos > O filme colombiano foi o grande vencedor do Prêmio Platino. Personagem ótimo em história mal contada. Netflix.

Isolados - Medo Invisível > Me parecia o "grande" filme de ficção sobre a pandemia. Encontrei uma história cheia de clichês, com produção pobrinha e Demi Moore pagando mico. Amazon Prime Video.

Memórias de um Amor > Colin Firth e Stanley Tucci vivendo um casal gay na terceira idade. Os atores estão excelentes, mas o roteiro é quase um nada. Plataformas de aluguel.

Quem Vai Ficar com Mário? > Não vi muitos filmes brasileiros em 2021, mas, com certeza, essa suposta comédia gay foi o pior. Amazon Prime Video.

Army of Dead > O filme de zumbis de Zack Snyder não decolou. Netflix.

Sem Remorso > Michael B. Jordan numa história do escritor Tom Clancy. Boas cenas de ação numa trama mais do que manjada. Amazon Prime Video.

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