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Foto do escritorMiguel Barbieri

Marighella: as faces do guerrilheiro por Wagner Moura


Seu Jorge e Adriana Esteves: marido e mulher


Marighella, disponível no Globoplay, é um bom filme, com dramas e ação, além de uma primorosa recriação de época. O baiano Carlos Marighella, nascido em 1911, era de esquerda, comunista, guerrilheiro e um dos líderes da ALN (Ação Libertadora Nacional), organização de luta armada contra a ditadura.


Wagner Moura e o roteirista Felipe Braga se basearam no livro biográfico escrito por Mário Magalhães, mas fizeram um recorte do ano de 1968. Marighella (Seu Jorge) deixou a segunda esposa (Adriana Esteves) e tem uma relação afetuosa com o filho, do primeiro casamento, que é obrigado a voltar à Bahia para morar com a mãe. Em São Paulo, Marighella se reúne com companheiros para novos ataques enquanto é caçado pelo implacável delegado Lúcio (Bruno Gagliasso), clara inspiração em Sérgio Fleury.


Marighella é um personagem polêmico, sobretudo por ser um radical que pegava em armas (e apoiasse quem cometia assassinatos). Embora tenha admiração por ele, Wagner Moura não o constrói nem como um santo nem como um herói. Estão lá suas contradições e seus dilemas pessoais, assim como são colocados em xeque os métodos do movimento revolucionário.


É claro que, com um Brasil cada vez mais polarizado, o filme será visto por quem tem alguma afinidade com a esquerda ou o centro. Mas, como disseram Wagner Moura e Bruno Gagliasso em entrevistas, a trajetória de Marighella faz parte da história do Brasil - e ela precisava ser contada!



Confira entrevista com Wagner Moura


Confira entrevista com Bruno Gagliasso


Confira entrevista com Adriana Esteves


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