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Army of the Dead: zumbis em Las Vegas não empolgam

Foto do escritor: Miguel BarbieriMiguel Barbieri

Foto: divulgação


Há uma legião de fãs e de haters de Zack Snyder. Não faço parte de nenhum grupo. Gosto ou desgosto dos trabalhos do diretor - tudo depende do que vi. Adoro, por exemplo, Madrugada dos Mortos, 300 e Watchmen. Mas O Homem de Aço, Batman vs Superman e Liga da Justiça, todos do universo da DC, deixaram a desejar. A mesma frustração me provocou Army of the Dead - Invasão em Las Vegas, disponível na Netflix.


Snyder retoma aqui o "filme de zumbis", subgênero do terror que o projetou com Madrugada dos Mortos. Antes, Snyder tinha pouco dinheiro e muita inventividade. Agora, tem muita grana e se atropela no gigantismo, na ambição, no exagero de muitas ideias e, por tabela, na loooonga duração de seu filme (quase duas horas e meia!).


Gosto, por exemplo, da criatividade visual, que mostra uma Las Vegas destruída, vazia de turistas e de habitantes, mas tomada por zumbis. Como eles ficaram isolados, o governo americano pretende jogar uma bomba atômica na cidade e, assim, exterminar os mortos-vivos.


Só que, antes disso, um grupo de mercenários vai se arriscar numa missão quase impossível. Eles precisam atravessar Las Vegas (e enfrentar os zumbis que encontrar no caminho) para chegar até um cassino e roubar milhões de um cofre. Quem lidera a trupe é o personagem de Dave Bautista, o brucutu que substitui Dwayne Johnson quando The Rock está com a agenda lotada. No quesito dramático, Bautista é nulo, assim como o restante do elenco. Ou seja: momentos que exijam expressão de seriedade ou tristeza (e há várias), atores e atrizes causam constrangimento.


O humor acaba despontando e isso traz certo alívio cômico às hordas de zumbis que os personagens enfrentam - nada, porém, que você não tenha visto antes e muito melhor (como no ótimo coreano Invasão Zumbi).


Outro grande problema de Army of the Dead é ter vários desfechos. Quando você pensou que, finalmente, acabou, tem mais dez minutos e mais dez minutos e mais dez minutos. E, pior, a derradeira cena deixa um gancho para ou uma sequência ou uma série que, espero, não saia do papel.


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© 2023 por Miguel Barbieri

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