Lori e o primogênito: destruição de uma família
Eu fico chocado toda vez que eu vejo uma série documental de true crime na Netflix. A mais recente foi Os Crimes da Nossa Mãe. Eu já disse e repito: a realidade é mais estarrecedora do que qualquer ficção. E eis mais um exemplo disso.
Embora contenha depoimentos de amigos, detetives, jornalistas, e até da mãe, a minissérie concentra-se, praticamente, na longa entrevista de Colby Ryan, o primogênito de Lori Vallow. Ele foi fruto do primeiro casamento de Lori, que largou o marido ainda novinha. Ela se casou, novamente, mudou para o Havaí com o companheiro e tiveram a garota Tylee e o caçula Joshua.
Lori era fiel da A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, um ramo fundamentalista dos mórmons. O que você verá é a desintegração de uma mulher e de uma família. Lori perdeu a cabeça pela religião e por um amor desequilibrado.
A diretora Skye Borgman é fera em reconstituir casos criminais reais. Ela é responsável por outros excelentes documentários, como A Garota da Foto e Eu Matei meu Pai, ambos disponíveis na Netflix. Nos três episódios de Os Crimes da Nossa Mãe, a realizadora expõe todos os sofrimentos impostos aos parentes por uma mãe/filha que perdeu totalmente a noção da realidade.
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