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Foto do escritorMiguel Barbieri

Eu Matei Meu Pai: a crueldade da vida real


Anthony: o filho que não tinha uma história de vida


A Netflix vem dando um banho na concorrência quando o assunto é minissérie documental de true crime. Eu Matei Meu Pai é mais um ótimo exemplo. Além do tema instigante, os três episódios são a medida exata para narrar a tragédia.


Em 2019, Anthony Templet ligou para o 911 dizendo que havia dado três tiros em seu pai. Burt Templet morreu quatro dias depois e Anthony, de 17 anos, foi preso. Era um estarrecedor caso de parricídio.


O primeiro capítulo começa aí e Anthony é o primeiro a aparecer em frente da câmera para declarar sua inocência, dizendo que agiu em legítima defesa e não é louco. Mas dá para acreditar num rapaz que não demonstrava nenhuma emoção?


O que eu gosto nos documentários é que, muitas vezes, eles nos surpreendem mais do que as ficções. Conforme a história avança, vamos acompanhando quem era, na essência, pai e filho. E vão surgindo vários personagens que conseguem esclarecer a problemática relação entre eles, como a madrasta e o advogado de defesa.


Ao contrário de outras minisséries do gênero, Eu Matei Meu Pai não enrola o espectador com fatos que nada acrescentam. Tudo se encaixa perfeitamente e, do ponto de vista psicológico, é um prato cheio para os terapeutas.




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