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Vento Seco: sexo explícito gay para incomodar e transgredir


Sandro (Leonardo Faria Lelo): sexo sem tabu


Eu achava que Gustavo Vinagre, que dirigiu A Rosa Azul de Novalis, era o mais despudorado dos cineastas brasileiros. Mas aí vi Vento Seco, no streaming do Telecine, e Daniel Nolasco passou à frente. Seu filme traz uma transgressão, com sexo explícito gay, como raras vezes presenciei no cinema não pornográfico. Aviso: é pesadão!


Nolasco sai da região do eixo Rio-São Paulo e vai para o interior de Goiás, seu estado natal. O protagonista é Sandro (Leonardo Faria Lelo), funcionário de uma indústria de fertilizantes e gay no armário. Fora da empresa, porém, ele tem encontros na mata com seus parceiros.


Ricardo (Allan Jacinto Santana) se apaixona pelo colega de trabalho, mas Sandro não quer compromisso e está de olho em Maicon (Rafael Teophilo), que namora uma caixa de supermercado e, aparentemente, é hétero.


Gosto da maneira como o realizador trata o sexo, sem tabus e de forma bastante explícita, muuito explícita (!). Por outro lado, acho que Nolasco abusa na fantasia onírica e no fetichismo, sobretudo numa sequência em que homens de couro realizam seus desejos à vista de todos.


O registro dos "caubóis" gays do Centro-Oeste é original e tem sua importância por quebrar regras. O elenco, de nomes pouco conhecidos, está de parabéns pela coragem e ousadia. Fazendo um corte aqui, um corte ali, Vento Seco encontraria um resultado perfeito.



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