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O Soldado que Não Existiu: tensão e romance na II Guerra


Colin Firth: espionagem na II Guerra (foto: Netflix)


Logo no início de O Soldado que Não Existiu, o narrador avisa que em histórias, sobretudo as da Segunda Guerra Mundial, há um lado visto e outro escondido. A intenção do competente filme inglês, na Netflix, é mostrar os bastidores da Operação Carne Moída (Mincemeat, no original).


Embora não seja o primeiro filme a tratar do tema, desconhecia esse ato de ousadia e coragem do serviço secreto britânico, ocorrido em 1943. Os ingleses estavam prontos para invadir a Sicília e, assim, conquistar o continente europeu, mas queriam que os nazistas pensassem que o alvo da invasão seria a Grécia.


O tenente Cholmondeley (Matthew Macfadyen) deu a ideia, aprovada pelo primeiro-ministro Winston Churchill. Ele o advogado Ewen Montagu (Colin Firth) ficaram encarregados de um encontrar um corpo e forjar a identidade de um suposto major. O "soldado" seria jogado numa praia da Espanha, com documentos que revelariam os planos da invasão na Grécia e contaram com a sorte para os papéis caírem nas mãos dos aliados de Hitler.


O experiente diretor inglês John Madden (de Shakespeare Apaixonado e O Exótico Hotel Marigold) conta com requintada recriação de época e ótimos atores. O roteiro se equilibra entre o drama de espionagem e o romance, já que nasce um triângulo amoroso entre os dois protagonistas e uma viúva (Kelly Macdonald).


Além do lado "escondido", como disse o narrador do filme, O Soldado que Não Existiu tem passagens ficcionais, principalmente no que foge do caso militar real. Isso atrapalha? Talvez na duração, que excede os 120 minutos. Mas um tempero romântico sempre atinge um público mais amplo.





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