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O Salão de Huda: um barril de pólvora na Palestina


Reem: a jovem chantageada entra em desespero


O diretor palestino Hany Abu-Assad tem, ao menos, dois ótimos filmes no currículo: Paradise Now (2005) e O Ídolo (2015). Seu mais recente trabalho é O Salão de Huda, que ficou inédito nos cinemas e está no Globoplay para assinantes do Telecine.


Huda (Manal Awad) tem um salão de beleza em Belém, cidade de Israel no território da Cisjordânia. Logo nas primeiras cenas, há algo chocante: Huda dopa uma cliente e tira fotos íntimas dela com um estranho. Ao despertar, Reem (Maisa Abd Elhadi) é chantageada pela cabeleireira. A moça terá de trabalhar para o serviço secreto ou suas imagens sensuais serão entregues ao ciumento marido dela.


Reem não quer nem uma coisa nem outra. Entra em desespero e tenta encontrar uma solução para o impasse. A situação só piora quando Huda é capturada por líderes da resistência e terá de delatar todas as mulheres que foram aliciadas por ela e, por isso, são consideradas traidoras.


Estamos no olho do furação, do tipo "se correr, o bicho pega; se ficar, o bicho come". O cineasta (e também roteirista) não poupa críticas ao radicalismo dos extremistas e, em cenas de torturas e assassinatos, expõe as feridas de uma guerra particular, que deixa os inocentes palestinos mais perdidos do que cego em tiroteio.




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