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O Bebê: bizarro humor inglês para abordar a maternidade


Natasha e o bebê: estranha relação


Como abordar o tema da maternidade, da rejeição e do abandono infantil de uma forma inovadora? A resposta está em O Bebê, série inglesa disponível na HBO Max. São apenas oito episódios curtinhos (cerca de 20 minutos cada), que eu vi de um só vez.


Criada por Lucy Gaymer e Sian Robins-Grace, a trama é uma engenhosa mistura de humor (muito ácido e bizarro), drama, mistério e uma pitada de horror. E tudo funciona muito bem, graças à direção tão bem azeitada com a edição e a trilha sonora.


Vou contar só um pouco do que se trata porque há muitas surpresas ao longo de uma história surreal. Natasha (Michelle de Swarte) tem amigas mães ou que estão grávidas. Mas ela não gosta de crianças nem pretende ter filhos. Para refletir sobre suas decisões, se isola num chalé no litoral da Inglaterra e algo para lá de inusitado acontece: um bebê cai literalmente em seus braços.


Como o bebê veio parar lá? De quem é a criança? E, quanto mais Natasha tenta se distanciar do fofinho, menos chances ela tem de se ver livre dele. Para piorar, todos que se aproximam do bebê sofrem acidentes e... morrem (!).


Me diverti (e até me identifiquei) com as divertidas situações propositalmente exageradas. Ao mesmo tempo, há questões sérias abordadas na série. O tom, entre o suspense e a morbidez, vai oscilando de capítulo para capítulo, como se estivéssemos pisando em um terreno pantanoso. Adoro quando algo sai fora da caixinha e me surpreende.





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