Balanço do Fest Aruanda - e quem merece ganhar
- Miguel Barbieri

- há 3 minutos
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Ato Noturno: um dos três melhores filmes
O Fest Aruanda chega ao fim nesta quarta e foi uma grande maratona. Quatro dias intensos com dois longas e dois curtas. A gente saía do hotel às 5 da tarde e voltava por volta de meia-noite. E, neste ano, o evento ainda marcou dois golaços: exibição de documentários (de Raul Seixas e Sidney Magal) seguidos de shows, na praia do Tambaú, bem pertinho do hotel onde estamos hospedados. Foi um sucesso de público que, com certeza, será repetido nos próximos anos.
Eu adoro vir para festivais no Nordeste (como os de Recife e Fortaleza) porque a gente assiste a filmes (principalmente curtas-metragens) que não teremos a oportunidade de ver de outra forma.
A seleção do Fest Aruanda de 2025, que completa vinte anos, foi irregular. A competição dos longas nacionais não me decepcionou. Dos quatro concorrentes, três me parecem boas escolhas para o júri - Ato Noturno, Honestino e Cyclone. Mas, como sou macaco velho, nem sempre concordo com os jurados. Faz parte do jogo.
Das outras mostras competitivas, minhas opções diminuem. Dos curtas nacionais, destaco a belíssima animação Safo e o paraibano A Arte de Morrer ou Marta Díptero Braquícero, que é tão bom que, mesmo sendo da Paraíba (que tem uma mostra própria) acabou indo parar na competição de curtas nacionais.
Da Mostra Competitiva Sob o Céu Nordestino (todos paraibanos), dois longas merecem a vitória. Gosto do documentário O Nordeste sob a Caravana Farkas, embora seja longo, redundante e tenha um formato adequado para uma série. Também aprecio as qualidades (sobretudo técnicas) de Malaika.
Os curtas foram mais fracos e, se tivesse que premiar apenas um, escolheria No Compasso do Coração.
Listo abaixo minhas preferências, ou seja, para quem eu daria os prêmios principais.
Longas-metragens nacionais
Melhor filme: Ato Noturno
Melhor direção: Aurélio Michiles (Honestino)
Melhor ator: Gabriel Faryas (Ato Noturno)
Melhor atriz: Luiza Mariani (Cyclone)
Melhor ator coadjuvante: Cirillo Luna (Ato Noturno)
Melhor atriz coadjuvante: Karine Teles (Cyclone)
Melhor roteiro: Ato Notuno
Melhor fotografia: Corpo da Paz
Curtas-metragens nacionais:
Melhor filme: A Arte de Morrer ou Marta....
Melhor direção: Rosana Urbes (Safo)
Melhor ator: Luiz Carlos Vasconcelos (A Arte de Morrer)
Melhor atriz: Ingrid Trigueiro (A Arte de Morrer)
Melhor roteiro: A Arte de Morrer...
Melhor fotografia: A Arte de Morrer...
Longas-metragens paraibanos
Melhor filme: Malaika
Melhor direção: Arthur Lins e André Moura Lopes (O Nordeste sob a Caravana Farkas)
Melhor ator: Tavinho Teixeira (Batguano Returns)
Melhor atriz: Vitória Bianco (Malaika)
Melhor ator coadjuvante: Everaldo Pontes (Batguano Returns)
Melhor atriz coadjuvante: Norma Goés (Malaika)
Melhor roteiro: O Nordeste sob a Caravana Farkas
Melhor fotografia: Malaika
Curtas-metragens paraíbanos
Melhor filme: No Compasso do Coração
Melhor direção: Ana Calline (Boi no Mato)
Melhor ator: Cassio Silva (Boi no Mato)
Melhor atriz: Danny Barbosa (Valéria di Roma)
Melhor roteiro: No Compasso do Coração
Melhor fotografia: Cantilena




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