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Emancipation: as boas intenções de Will Smith


Will Smith é um escravizado na Luisiana de 1863


Você achou feio o tapa na cara que Will Smith deu em Chris Rock na cerimônia do Oscar de 2022? Eu também achei, mas devemos separar a inesperada atitude agressiva de seu talento e sua extensa carreira como ator. Após o turbilhão de emoções, Smith está de volta em Emancipation - Uma História de Liberdade, disponível na AppleTV+.


Smith interpreta Peter, um escravizado na Luisiana de 1863. Separado da mulher e dos filhos, ele constrói uma estrada de ferro quando escuta uma notícia promissora: o presidente Abraham Lincoln assinou a Proclamação da Emancipação, que garantiria a liberdade aos negros. Ele, então, empreende uma fuga até Baton Rouge, onde encontra-se o exército de Lincoln, durante a Guerra Civil Americana (1861-1865).


O roteirista (branco) Bill Collage se aproveita de um símbolo antiescravagista (um escravizado chamado Gordon) para fazer, praticamente, um (bom) filme de ação. Nos primeiros minutos, há, sim, imagens tristes e cruéis de como os negros eram tratados, mas não demora muito para Will Smith encarnar o herói genérico e se aventurar pelos pântanos para se esconder se um caçador de escravos, interpretado por Ben Foster.


Emancipation é bem-intencionado e tem seu valor por fazer um importante resgate histórico. A fotografia em preto e branco, com raras cores esmaecidas, é brilhante. O registro, contudo, ganha ares de thriller e termina de uma forma exageradamente lacrimosa. Mas posso garantir que são deslizes que poucos vão notar.





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