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Elvis Presley: um ídolo de virtudes e sem pecados


Foto de Elvis na Alemanha: alistamento no Exército em 1958 (foto: divulgação)


Elvis Presley - O Rei do Rock, ficou um tempinho na Netflix e agora está na HBO Max. Em dois episódios, o documentário dura quase quatro horas. O Rei do Rock serve, portanto, como um complemento para o filme ficcional Elvis, também na HBO Max.


O documentário faz um registro notável da carreira de Elvis, mas deixa a desejar em quesitos mais íntimos, como sua relação com Priscilla Presley, sua ex-mulher e produtora executiva dessa minissérie.


Elvis nasceu em Tupelo, Misssissippi, e mudou com a família para Memphis, no Tennessee, aos 13 anos. Era filho único de Gladys, que perdeu o gêmeo de Elvis no parto. Incentivado pela mãe, cresceu na música, ganhou concursos e lançou seu primeiro disco em 1954, por Sam Phillips. A ideia do produtor era que Elvis levasse a música negra para o público branco nos racistas estados do sul norte-americano. Sua mistura de country music e rhythm and blues deu muito certo.


Sua história na música é vista em imagens (algumas raríssimas) de programas de TV e fotos. Os depoimentos dos entrevistados são apenas em áudio e ilustrados com cenas de época. Elvis também fez carreira no cinema, alternando sucessos de crítica e público com trabalhos dispensáveis. Seu alistamento no Exército se deu em 1958, no auge do sucesso.


Elvis e Priscilla se casaram em 1967, tiveram uma filha, Lisa Marie, e se separam em 1973. É Priscilla quem conta detalhes mais particulares, como o amor que Elvis tinha pela mãe.


Comenta-se, brevemente, o uso de tranquilizantes para dormir e o ganho de peso de Elvis. Nada se fala sobre infidelidade conjugal ou outros casos românticos antes de conhecer sua esposa. Sua posição política também é ignorada. Elvis é visto como um ídolo de virtudes e sem pecados.


Priscila parece mais interessada em jogar a culpa do excesso de trabalho, que teria acarretado em problemas de saúde no ex-marido, em Coronel Parker (1909-1997), empresário de Elvis desde 1955 até sua morte - e presença constante no filme Elvis, na interpretação de Tom Hanks.


Trata-se, enfim, de um baú de recordações, mas, para usar uma expressão bastante atual, passa pano na vida íntima do Rei do Rock. Além de não entrevistar sua única filha, o desfecho me deixou frustrado. O filme acaba abruptamente, sem imagens do funeral nem revelar a causa de sua morte. Elvis continua um mistério.





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