Emma Stone interpreta Estella: vingança com torcida (foto: divulgação)
Cruella chegou ao Disney+ sem custo adicional. Não tinha visto nos cinemas e fui com muita sede ao pote por causa das várias críticas positivas. E não me desapontei!
Se tivesse que comparar com outra produção da Disney seria com Malévola. Ambas são vilãs nos desenhos animados e ganharam filmes com atores que contam a origem delas. Só que Cruella dá de dez em Malévola e argumentos não me faltam.
Uma rápida sinopse sem muitos spoilers. Por ser estranha e rebelde, a garota Estella é expulsa da escola. Sua mãe, então, decide mudar do interior da Inglaterra para Londres e, no caminho, faz uma parada numa mansão. Mas uma tragédia vai se abater sobre a menina que, sozinha, passa a morar nas ruas da capital inglesa e faz amizade com dois meninos igualmente desemparados.
O tempo passa e Estella, agora interpretada por Emma Stone, quer ser estilista e começa a trabalhar de faxineira numa loja de departamentos. A moça, porém, ganha sua chance de ouro quando a esnobe designer de moda Baronesa (Emma Thompson) nota seu talento para os croquis de vestidos.
Conhecemos a Cruella da animação, que quer roubar os dálmatas de Londres para fazer um casaco de peles. No live-action, passamos a admirar (e até torcer) por Estella (futura Cruella), que tem um apetite insaciável de vingança.
Em pouco mais de duas horas de duração, o filme não deixa o ritmo cair. O confronto entre as duas protagonistas (as Emmas) é muito saboroso e o diretor Craig Gillespie (do ótimo Eu, Tonya) sabe dosar humor, ação e drama na medida certa.
As reviravoltas do roteiro são empolgantes e a escalada na construção da personagem Cruella de Vil é bem detalhada pela dupla de roteiristas Tony McNamara (de A Favorita) e Dana Fox (Como Ser Solteira). Mais qualidades? Figurinos e direção de arte deslumbrantes e uma trilha sonora para aplaudir de pé. Como a trama se passa na década de 70, tem Nina Simone, The Doors, Tina Turner, Queen, The Clash... É uma maravilha de ver e ouvir.
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