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Bar Doce Lar: a doce nostalgia das décadas de 70 e 80


Daniel Ranieri e Ben Affleck: bela relação entre o sobrinho e o tio (foto: divulgação Amazon Prime)


George Clooney vem tentando conciliar sua carreira de ator com a de diretor, mas, nos últimos anos, o galã está se dedicando mais ao trabalho atrás das câmeras. Depois de O Céu da Meia-Noite (2020), para a Netflix, ele está de volta no comando de Bar Doce Lar, para o Amazon Prime Video.


Como foi filmando durante a pandemia, dá para concluir que é o filme menos ambicioso de Clooney. Isso, porém não significa perda de qualidade.


Trata-se um registro nostálgico, sincero e memorialista, inspirado no livro autobiográfico do escritor e jornalista J. R. Moehringer. O protagonista é JR (papel do fofo estreante Daniel Ranieri), um garoto de 9 anos, que mora com a mãe, os avós e o tio, em Long Island. O pai é um radialista alcoólatra e ausente. Incentivado pelo tio Charlie (Ben Affleck), o garoto passa a devorar livros, é um dos melhores alunos da escola e tem o sonho de virar escritor.


Já em 1986, JR (agora interpretado por Tye Sheridan) está a caminho da prestigiada Universidade Yale para fazer uma entrevista.


As relações familiares são o ponto alto do filme. A dedicação da mãe, o carinho distanciado do avô rabugento e os conselhos do tio Charlie vão formar um jovem de iniciativas, mas também de dúvidas quanto à sua capacidade literária.


A iluminação de tonalidade amarelada marca as décadas passadas e a recriação de época é sutil, porém eficiente. Ben Affleck, que ganhou uma indicação de coadjuvante ao SAG (prêmio do sindicato dos atores), está ótimo. Interpreta um tio entre a frieza e o acolhimento. É muito lindo ver a relação entre Charlie e o sobrinho.





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