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Babilônia: você nunca viu nada igual


Margot Robbie: um aspirante a atriz sem medidas


Não acho Damien Chazelle só um dos melhores diretores da recente safra. Ele é um maestro. Parece ter o controle de tudo e é o que se nota em Babilônia, em cartaz nos cinemas. Tudo se encaixa perfeitamente - do roteiro à recriação de época, das atuações à trilha sonora. O ano está apenas começando, mas eis um dos melhores filmes para abrir 2023 com o pé direito.


Quem me conhece, sabe que eu sou um dos maiores fãs de La La Land (vi cinco vezes!) e, após o sonolento O Primeiro Homem, Chazelle volta ao auge com um filme que tem a sua "cara". É mais uma homenagem (e também um crítica) ao cinema, agora focada entre o fim da década de 20 e início da de 30, na transição do cinema mudo para o falado - e Cantando na Chuva é apenas umas referências do realizador.


Há vários personagens (alguns reais), mas o roteiro concentra-se em três: uma aspirante a atriz (Margot Robbie), um astro em decadência (Brad Pitt) e um imigrante que sonha em entrar para o mundo do cinema, papel de Diego Calva.


Quando notei a duração (3 horas e 9 minutos), achei que fosse excessiva. Me enganei. Eu queria mais. Adoro os excessos e as ousadias do diretor que, em uma das primeiras sequências, orquestra uma festa com orgia na mansão de um produtor.


Aliás, sexo e drogas são abundantes, assim como a desmedida ambição para uma arte que dava sinais de um crescimento avassalador.


Acredito que Babilônia sofrerá uma resistência no Oscar, mas pegará indicações técnicas, como desenho de produção, figurinos, fotografia, maquiagem... Só não vou perdoar se Justin Hurwitz não levar o prêmio pela melhor trilha sonora. É a música que embala, com um ritmo enérgico e contagiante, a trama do filme.




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