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Os Fabelmans: confissões de Steven Spielberg


Sammy e a câmera: paixão pelo cinema


O próprio Spielberg considera The Fabelmans, em cartaz nos cinemas, seu filme mais autobiográfico. E é! Não à toa, a cena que abre o drama familiar se passa em 1954 e mostra o garotinho Sammy sendo levado pelos pais, pela primeira vez, ao cinema. O título escolhido é O Maior Espetáculo da Terra. O menino sai da sessão ansioso, vidrado e com uma vontade: aprender a filmar.


Ao longo de pouco mais de uma década, o roteiro acompanha Sammy da infância até sua entrada na faculdade e conquistando o primeiro emprego num estúdio. O foco, porém, não está apenas no desenvolvimento profissional e na paixão de Sammy pelo cinema. Spielberg mostra como era a intimidade de sua família, um retrato harmonioso entre seu pai (Paul Dano) e sua mãe (Michelle Williams), mas com um conflito conjugal (que eu não vou dar spoiler!), revelado com muita sutileza.


É claro que é tudo muito bem orquestrado em Os Fabelmans, afinal estamos diante de um longa-metragem de um dos maiores diretores da história, realizando seu trabalho mais intimista e confessional - e isso não é pouco!


O elenco, que concorre ao SAG, prêmio do sindicato do atores, é impecável - da introspecção de Paul Dano (o pai) aos desvarios da mãe interpretada por Michelle Williams até a revelação que é Gabriel LaBelle, o "Spielberg" da adolescência, fascinado por fazer de um hobby um instrumento da arte e sofrendo bullying por ser judeu. O realizador não apagou (nem deveria) da memória até mesmo os momentos mais racistas pelos quais passou.





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