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Azul Cobalto: ousado romance gay na Índia


Tanay e o inquilino: forte atração sexual


Acredite se quiser, mas a Índia só descriminalizou a homossexualidade em 2018. Como a trama de Azul Cobalto, da Netflix, se passa em meados nos anos 90, os gays eram tratados como fora da lei.


Para os padrões indianos, achei o filme ousado. Tanay (Neelay Mehendale) é um jovem aspirante a escritor, que se identifica com seu professor de literatura que, claramente, vive no armário. Rola uma tensão sexual entre eles, mas o reprimido rapaz vive num vilarejo, mora com os pais, o irmão mais velho e a irmã liberal, que quer ser jogadora de críquete - numa sociedade patriarcal!


Após a morte do avôs de Tanay, um quarto da espaçosa residência fica vago e ele é alugado para um enigmático artista plástico (Prateik Babbar). Tanay fica embevecido com a beleza, o físico e a inteligência do inquilino. E o bonitão também enxerga algo a mais em Tanay. Deu match!


Almodóvar é uma influência na carreira do diretor, roteirista e dramaturgo Sachin Kundalkar, autor do livro homônimo que originou o filme. Seu trabalho não tem referências visuais do cineasta espanhol, mas, nos anos 2020, ele quer construir um cinema em prol da causa LGBTQIA+ na Índia. Que seus caminhos se abram! Azul Cobalto está na direção certa para mostrar um passado não tão distante que não pode ser esquecido.





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© 2023 por Miguel Barbieri

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