Jimmy Savile: ele dava entrevistas, mas desvia do assunto quando perguntavam sobre vida pessoal
Que sujeito estranho e excêntrico era Jimmy Saville, apresentador britânico cuja vida é devassada na série documental Segredos e Crimes de Jimmy Savile, na Netflix.
Junte os sucessos de Faustão, Marcos Mion e Luciano Huck e você verá a dimensão do êxito de Saville que, para ter uma ideia, manteve um programa de TV no ar por 42 anos. Grande estrela da BBC, desde a década de 60 até meados dos anos 2000, ele realizava o sonho de crianças, era um filantropo de mãos abertas e tinha amigos como o Príncipe Charles e a Princesa Diana.
Longe das câmeras, era um tipo esquisito. Com longos fios de cabelos loiros ou brancos e acompanhando do inseparável charuto, ele se dizia um playboy, mas nenhum paparazzo conseguiu uma foto dele acompanhado de uma namorada. Ele dava entrevistas, mas, com uma piadinha, desviava do assunto quando o repórter tocava em sua vida pessoal.
O que Savile tinha para esconder? A série tem dois episódios, num total de quase três horas. Precisava? Não. Um documentário de 120 minutos estaria de bom tamanho. Eu gosto muito de séries que envolvam personalidades e crimes, mas aqui há um problema: ocupa-se muito espaço para mostrar o apresentador Savile e pouco tempo para enfocar seu lado obscuro, de pedófilo, predador, estuprador e abusador sexual.
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