Os namorados de Ainda Estou Aqui: romance frouxo
Eu fico inconformado quando um filme ruim ocupa uma das primeiras posições no Top 10 da Netflix. É o caso de Ainda Estou Aqui, que já está na minha fila para os piores dramas românticos do ano.
Juro que eu tentei gostar porque acredito que Kyle Allen tem tudo para ser um astro. Já tinha gostado do ator em O Mapa das Pequenas Coisas Perfeitas (que está no Amazon Prime) e ele será He-Man em Mestres do Universo, prometido para 2024.
A trama é de uma tolice atroz e, para piorar, não leva o espiritismo a sério. Tem gente comparando com Ghost, que também não acho uma belezura, mas, pelo menos, o filme com Demi Moore tinha um roteiro bem mais interessante.
Tessa (Joey King) é uma jovem que foi recém-adotada por um casal e quer ser fotógrafa. No cinema, ela conhece Skylar (Allen) e se apaixona à primeira vista. E não à toa: o rapaz é bonito, atlético, simpático, culto, gentil, romântico, fala três idiomas, lê Jane Austen e vê filmes cult. O cara perfeito!
A gente já sabe, desde o início, que ele morreu num acidente de carro e, por isso, o roteiro faz um desnecessário vaivém no tempo. Não poderia ter uma narrativa linear?
O filme fracassa por todos os lados: tem um romance frouxo e enfoca "o outro lado da vida" de forma equivocada. Do que eu gostei? Do lindo cinema de rua, dos pôsteres de filmes antigos e da recriação de uma das fotos mais emblemáticas da história: o beijo de um casal, flagrado por Robert Doisneau, na Paris de 1950.
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