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A Ótica do Cinema: com a palavra, os cinéfilos


Tubarão: o filme que marcou o ano de 1975


Uma das principais qualidades de A Ótica do Cinema, série da Netflix, é colocar gente como a gente para falar da paixão pelo cinema. Podem até ser roteiristas ou blogueiros, mas ninguém muito conhecido. Isso faz com que possamos nos reconhecer em testemunhos cheios de nostalgia.


São seis episódios, com cerca de 20 minutos cada, que tem David Fincher entre os produtores. No primeiro capítulo, Sasha Stone relembra como foi ver Tubarão várias vezes, no verão de 1975. Ela era uma garota, entrava no cinema na primeira sessão, acompanhada da irmã, e só ia embora na última.


Entre os vários filmes citados por outros personagens estão clássicos e cults como Lawrence da Arábia e Lady Vingança. A colagem de imagens é sensacional e até cinéfilos podem se perder diante de tantas sequências marcantes.


Acho que só o quarto episódio, sobre animações, não faz muito sentido. É muito técnico e menos memorialista. Em compensação, o derradeiro capítulo é a cereja do bolo. Walter Shaw relembra como a comédia policial 48 Horas (1982) foi representativa para os negros. Eddie Murphy teve sua primeira oportunidade no cinema e o filme de Walter Hill deu espaço para um ator negro rebater o racismo na base de palavras afiadas.


Um serviço de streaming que produz uma série sobre o ato de assistir a filmes no cinema seria impensável e, por isso, a Netflix está de parabéns pela bela iniciativa.





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