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A História do Cinema Negro nos EUA: o pingo nos is


Sidney Poitier: nome lembrado no documentário


Atenção, cinéfilos! Tem um documentário precioso na Netflix: A História do Cinema Negro nos EUA. Recheado de imagens restauradas e forrado de depoimentos, o filme é uma atração obrigatória para quem quer se aprofundar no tema.


Elvis Mitchell é crítico de cinema e estreia como roteirista e diretor. Em primeira pessoa, ele narra, com riqueza de detalhes, como os negros foram tratados e retratados no cinema ao longo das décadas. Além de raras imagens de arquivos, há entrevistas de celebridades como Whoopi Goldberg (sempre com as melhores colocações), Zendaya, Laurence Fishburne e Samuel L. Jackson. Quem mais me emocionou, contudo, foi Harry Belafonte. Aos 95 anos de idade, o veterano astro relembra suas participações no cinema e a paralização que fez na carreira em protesto contra a indústria.


Outro nome bem lembrado é o de Sidney Poitier, ativista e primeiro ator negro a ganhar o Oscar, em 1964. Há ainda uma ótima seleção de cenas da Blaxploitation, a cena do cinema negro dos anos 70, que levou ao estrelato Pam Grier, Richard Roundtree e Tamara Dobson, entre outros.


O realizador é didático. Às vezes, tive a impressão de ouvir uma tese de doutorado para ilustrar as imagens. Com 135 minutos, o documentário tem um material tão farto que dá vontade de ver um pouco mais, sobretudo porque Spike Lee, o grande nome do cinema negro americano a partir do fim dos anos 80, é apenas citado rapidamente.





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