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A Colmeia: mulheres do Kosovo contra o machismo


As mulheres preparam a pasta de pimentão: lucro


Sem muita divulgação, a HBO Max coloca em seu acervo filmes muito importantes, como A Colmeia, representante do Kosovo no Oscar 2022, que ficou entre os quinze pré-finalistas.


É o primeiro longa-metragem escrito e dirigido pela jovem Blerta Basholli, que dá um viés feminista a uma inspiradora história extraída de caso real.


Durante a guerra do Kosovo, em 1999, Fahrije (Yllka Gashi) vende mel na feira para sustentar o casal de filhos e o sogro. Seu marido está desaparecido há mais de sete anos. E o patriarcado é um dos maiores problemas numa região do interior do país.


Fahrije aprende a dirigir e, com seu carro, chega até um supermercado. Ela pretende comercializar uma pasta caseira de pimentão e, assim, poder ganhar um dinheiro extra.


A diretora/roteirista acerta no registro das mulheres que, sem marido nem um estado civil definido (são viúvas?), passam a ser xingadas de vagabundas. Você leu certo. Por quererem trabalhar, são enxotadas, e humilhadas - Fahrije, inclusive, escapa de um estupro. O machismo estrutural é tão cruel quanto uma guerra.


A colmeia, além de ser um dos frutos do ganha-pão da protagonista, é uma metáfora para o microcosmo de uma sociedade arcaica em que uma abelha-rainha tende a virar o jogo.





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