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15 Minutes of Shame: as dores da cultura do cancelamento


Monica Lewinsky na TV: a primeira cancelada


Quem está acostumado a perambular pelas redes sociais é bom dar uma olhada em 15 Minutes of Shame (15 minutos de vergonha), documentário da HBO Max. Ele é produzido por Monica Lewinsky, que também introduz o espectador ao tema da cultura do cancelamento.


Lembra de Monica? Em 1998, a então estagiária da Casa Branca foi apontada como amante do presidente Bill Clinton num escândalo que varreu o mundo. Monica se diz a primeira vítima da cultura do cancelamento, já que foi chamada de vagabunda, entre outros nomes impublicáveis, numa era pré-redes sociais.


A partir do caso de Monica, o documentário vai atrás de outras pessoas "canceladas" e os prejuízos que a humilhação virtual causou em suas vidas.


Não sei qual deles é o mais estarrecedor. Tem o do militar aposentado que, para ganhar dinheiro, passou a vender produtos pela Amazon. Com a iminente chegada da pandemia, ele comprou milhares de frascos de álcool em gel para revender e, por causa de uma matéria equivocada do The New York Times, deu a impressão de que havia feito o estoque para si próprio. Cancelado!


Durante os atos do black lives matter, um latino deixou seus dedos em forma de OK para fora do carro, que foi interpretado como o símbolo dos supremacistas brancos. A foto foi parar na internet, ele foi demitido e, pá, cancelado!


Estes são apenas dois exemplos do como, hoje, tudo (mas tudo mesmo) deve ser pensando, repensado, medido, checado. Uma mera repostagem no Facebook também causou a demissão de uma enfermeira, outro caso abordado em 15 Minutes of Shame.


Em pouco mais de uma hora, o documentário, realizado muito recentemente, mostra alguns benefícios da internet e de redes como o Twitter. Mas uma palavra errada, uma resposta atravessada ou uma foto mais espontânea podem gerar polêmica e, quando menos espera, você também estará cancelado. Pense nisso!



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