Diana e Charles com os filhos: casamento acabado
Acho difícil encontrar algum defeito em The Crown. Sem dúvida nenhuma, é a melhor série produzida pela Netflix. E por vários motivos: escolha do elenco, atuações soberbas, recriação de épocas impecável e um roteiro que aborda as questões do mundo, sem tirar da mira a família real.
A quinta temporada não é a melhor, mas é bem satisfatória. Por estarmos familiarizados com os fatos mais recentes, as surpresas quase que evaporam. O tempo passou, novos atores e atrizes chegaram e se saem muito bem. Não há qualquer deslize nas interpretações do quarteto central: Imelda Staunton (Rainha Elizabeth), Jonathan Pryce (Príncipe Philip), Dominic West (Charles) e Elizabeth Debicki (Diana). Como em todas as temporadas, a princesa Margaret rouba algumas cenas e, desta vez, ganha o corpo da ótima Lesley Manville.
Se você, assim como eu, queria ver Charles e Diana lavando roupa suja, pode tirar o cavalinho da chuva. Tudo é muito sutil na realeza. Alguns dos dez episódios enfatizam o casamento em ruínas de Charles e Diana, mas há também recortes históricos, como a volta de Hong Kong ao domínio chinês, em 1997.
Mas sabe o capítulo que eu mais gostei? O que mostra a trajetória do pai de Dodi Al-Fayed, o filho do egípcio que estava no mesmo carro que Diana na hora do acidente fatal. É o terceiro episódio: quatro décadas resumidas em 50 minutos, um espetáculo, que faz valer a série inteira.
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