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O Dia de Amanhã: trajetória de erros e acertos na Espanha


Oriol Pla é Justo Gil em O Dia de Amanhã


Eu adoro fuçar o streaming da HBO Max para descobrir algumas pérolas. Foi assim que encontrei Arde Madri, Veneno e, agora, mais uma ótima série espanhola: O Dia de Amanhã.


Vindo do interior, Justo Gil (Oriol Pla) desembarca em Barcelona, em 1966. É um jovem simples e muito persistente cujo maior desejo é encontrar a cura para a doença de sua mãe, que vive calada numa cadeira de rodas. Ele se hospeda na casa de um primo e vai procurar emprego. Passa ganhar dinheiro vendendo máquinas de escrever.


Ao conhecer a doce Carme (Aura Garrido), Justo se apaixona e acaba convencendo a namorada a entrar num novo negócio: vendas por catálogo, uma nova sensação à época. Ao mesmo tempo, ele decide levar a mãe a um centro de cura católico - e gasta uma fortuna em "medicamentos" sem efeito.


A série é de 2018, foi exibida na HBO em 2020 e tem seis episódios. Acompanhamos, então, a evolução financeira e involução moral do protagonista, durante dez anos.


Justo Gil é um achado. Cheio de contradições e defeitos, ele pode ser afetuoso e ambicioso na mesma medida. Personagens marcantes entram em cena, mas saem à medida que Justo toma outro rumo na vida. Ele pode apoiar a ditadura de Franco como sofrer derrotas consecutivas no mesmo período. Da primeira à última cena, o foco de O Dia de Amanhã está totalmente nele - e é difícil julgar uma pessoa tão ardilosa e ordinária quanto carismática e apaixonada pela vida.





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