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Nada de Novo no Front: o horror na Primeira Guerra


Paul na trincheira: falta de experiência, maturidade e treinamento (foto: divulgação Netflix)


1917, que está na Netflix, tinha o ponto de vista dos ingleses para a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). E, agora, a mesma Netflix lança Nada de Novo no Front, ótica alemã para o conflito e representante da Alemanha no Oscar 2023. São visões muito parecidas. Ambas têm em comum um registro cruel da guerra em que só há vidas desperdiçadas.


O livro de Erich Maria Remarque já havia ganhado uma versão americana, em 1930. O cinema, porém, mudou muitíssimo em nove décadas. O realismo ficou mais impactante e as cenas de batalha são filmadas de um jeito espetacular.


Acompanha-se aqui a jornada de rapazes por volta de 18 anos, que, empurrados por um patriotismo profundo, saem da escola e, sem treinamento, são lançados em trincheiras no norte da Alemanha. Eles pensam que vão derrotar os inimigos franceses facilmente, mas, no local, percebem que a guerra não é uma brincadeirinha de adolescente.


O protagonista é Paul (Felix Kammerer) que, ao lado de amigos, vai vivenciar o horror no dia a dia. O trabalho do diretor Edward Berger é estupendo e não poupa o espectador ao mostrar cenas chocantes de corpos dilacerados e mortes inesperadas num território devastado, frio e desolador. Assim como em 1917, não há muitos detalhes históricos, mas Nada de Novo no Front vai mais além: chega até o fim da Primeira Guerra e mostra como se deu o armistício.





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