Meu Bolo Favorito: a dura realidade do Irã
- Miguel Barbieri

- 14 de set.
- 1 min de leitura

O casal de idosos: um paixão proibida
Eu não escondo a minha paixão pelo cinema iraniano. Em geral, eles expõem uma proibida realidade do país, para espanto de, nós, ocidentais. O mais recente da safra é o ótimo Meu Bolo Favorito, disponível no Reserva Imovision.
A situação que ele nos apresenta é tão bonita, que ficamos torcendo por um final feliz, por mais que a gente saiba que a repressão é extremista no Irã.
A história é a de uma viúva de 70 anos (papel da ótima Lili Farhadpour) que tem amigas de ocasião e, com os filhos morando no exterior, sente uma solidão infinda.
Ela então decide encontrar um companheiro e o escolhido é um taxista igualmente solitário, interpretado por Esmaeel Mehrabi.
O cinema iraniano é de uma rica simplicidade que o trivial vira uma pequena obra-prima de uma realidade tão distante da nossa.
Vale lembrar que o casal de diretores foi sentenciado a catorze meses de prisão por fazer um filme "obsceno" e por conter propaganda contra o regime iraniano. Dito isso, a denúncia de Meu Bolo Favorito fica ainda melhor.





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