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Ilusões Perdidas: vencedor do César, o Oscar francês


O jornalista e Lucien: uma amizade perigosa?


Não é tarefa fácil adaptar os romances de Honoré de Balzac, sobretudo Ilusões Perdidas, que foi escrito pelo autor francês entre 1835 e 1843. Mas o diretor Xavier Giannoli consegue uma façanha: fazer uma adaptação que, além de ágil, "conversa" com os dias de hoje. O filme está disponível nas plataformas de aluguel, como o NOW.


O diretor e roteirista condensa personagens e situações para enxugar o texto original, mas sem perder sua essência. A trama se passa em meados do século XIX e mostra a trajetória de Lucien de Rubempré (Benjamin Voisin). Esse jovem órfão e provinciano, apaixonado por sua amante, a baronesa Louise de Bargeton (Cécile de France), foge com ela para Paris afim de recomeçar a vida a dois. Só que lá chegando Lucien será proibido de vê-la (por questões morais da sociedade) e, sem dinheiro, ficará na rua da amargura.


Seu destino, porém, terá novo rumo quando conhece Etienne Lousteau (Vincent Lacoste), um jornalista antiético que faz da publicação onde trabalha uma coleção de notas pagas. Eis o reino das fake news que tanto se fala ultimamente.


Não senti passar as duas horas e meia de duração. Com narrativa envolvente e fabulosa recriação de época, Ilusões Perdidas foi o grande vencedor da edição 2022 do César (o Oscar francês), levando sete prêmios, incluindo melhor filme, fotografia, direção de arte e figurinos.


Balzac, com seus registros desalentadores de anti-heróis ambiciosos, fez de seu Ilusões Perdidas um clássico da literatura. O filme de Xavier Giannoli, certamente, não tem nem terá o mesmo peso, mas, ao menos, consegue levar às telas uma triste história sobre as ilusões perdidas de um ingênuo rapaz entregue às mazelas da sociedade.




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