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Escrevendo com Fogo: as repórteres vão à luta na Índia


Meera, a editora: mudança do papel para o digital


Escrevendo com Fogo, disponível para aluguel em plataformas como NOW, é candidato ao Oscar 2022 de melhor documentário. Vem da índia e traz o trabalho de jornalistas, todas mulheres e dalits, ou sejam, que não pertencem a nenhuma casta, tornando-as pessoas renegadas pela sociedade.


Mas quem são elas e o que fazem? O jornal Khabar Larahiya é de um estado do norte da Índia e foi criado vinte anos atrás. O documentário começa em 2016 e mostra a migração do papel para o digital que a editora-chefe Meera quer implantar. É ela também quem ensina as repórteres como usar o celular. Com o aparelho em mãos, as jornalistas vão às ruas em busca de fatos, em geral, chocantes, como estupros e minas controladas por mafiosos, algo que não combina com a Índia paz, amor e Bollywood que a gente vê nos filmes.


É, sem dúvida, um registro vigoroso e corajoso que, em muitos momentos, vira uma metalinguagem. A dupla de realizadores, Sushmit Ghosh e Rintu Thomas (uma mulher), documentam o que as jornalistas estão documentando.


Acho, contudo, que faltam algumas respostas e a principal delas é: como essas mulheres, que vivem na miséria, sustentaram a publicação durante anos? Nos últimos tempos, dá para imaginar que, com o número de visualizações que as reportagens têm no YouTube, elas consigam sobreviver. Queria, por exemplo, ouvir mais depoimentos de quem vai batalhar pela justiça num país onde o abismo social não tem fim.





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