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Edifício Gagarine: a força da resistência na França


Yuri: o adolescente que se recusa a sair do edifício


Cité Gagarine era um conjunto habitacional, construído em 1961, em Ivry-sur-Seine, periferia de Paris, onde moravam famílias de classe média. O filme Edifício Gagarine, disponível no Globoplay para assinantes do Telecine, começa com registros reais, de 1963. Foi quando o cosmonauta soviético Yuri Gagarin visitou o prédio em sua homenagem.


Os tempos, agora, são outros. Gagarine é um espaço que sofre com o descaso do governo e virou moradia para africanos, árabes e refugiados do Leste Europeu. É uma comunidade unida, mas que pena com o tráfico de drogas. Sem condições de ser preservado, o edifício será implodido, o que provoca revolta em Yuri (Alseni Bathily), um adolescente negro que foi abandonado pela mãe e mora sozinho. Ele tem a companhia de um amigo árabe e sente-se atraído por uma jovem cigana.


Edifício Gagarine concorreu ao César 2022 de melhor primeiro filme, um notável trabalho de estreia da dupla Fanny Liatard e Jérémy Trouilh, que já havia feito um curta-metragem com o mesmo nome e tema em 2015.


Sua primeira metade é quase um registro documental, com as despedidas e as partidas das famílias do Gagarine. Em seguida, a trama ganha ares de fantasia, com Yuri conservando sua "nave espacial" dentro de prédio e se recusando a deixar o local. É força da resistência vinda dos jovens, uma metáfora da luta dos imigrantes e refugiados numa França indiferente a seus problemas.





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