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Eiffel: amor ficcional não faz bem à história do construtor


Adrianne e Gustave: romance só existiu no passado


Minha expectativa com Eiffel, disponível no Amazon Prime Video, era grande. E por dois motivos: Romain Duris, um dos maiores atores franceses, e a história da construção do monumento mais conhecido (ou um dos mais) do mundo. Só que o filme não entrega tudo o que eu esperava.


A ação começa em 1886, quando o governo da França abriu um concurso arquitetônico para a Feira Mundial de Paris. O engenheiro viúvo Gustave Eiffel queria construir um metrô, mas mudou de ideia e acatou a ideia de dois designers para colocar em pé o projeto da maior torre do planeta.


Na mesma época, Eiffel reencontrou Adrianne (Emma Mackey), paixão de sua juventude e agora casada com um amigo dele (papel de Pierre Deladonchamps). O roteiro, então, passa a mesclar o passado de Eiffel e Adrianne com o turbulento cotidiano no presente. Mas nem tudo é verdade.


Adrianne foi um amor no início da vida profissional de Eiffel, mas eles não tiveram mais contato. Ao privilegiar um (posterior) romance inexistente, o roteiro deixa de lado o mais importante: a dificuldade de construir a torre em apenas três anos. A trama também "esqueceu" o casamento de Eiffel com Marguerite Gaudelet, em 1862. Ela morreu muito jovem, quinze anos depois, e deixou com Eiffel os cinco filhos (três garotas e dois meninos) que tiveram. Na minha opinião, essa relação era mais emblemática para ser lembrada.


Parece que nem os franceses, tão nacionalistas, gostaram do filme, que só pegou três indicações ao César 2022 (o Oscar francês). Só concorreu nas categorias de melhor direção de arte, figurinos e efeitos visuais, que, realmente, são excelentes.





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