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1971, da AppleTV+, faz brilhante seleção de fatos e canções


Foto: divulgação


Onde você estava em 1971? Não importa. O que importa é que a série documental/musical 1971 - O Ano em que a Música Mudou o Mundo, na AppleTV+, faz um maravilhoso recorte de fatos e canções marcantes.


São oito episódios que retratam apenas um ano - e que ano! Fiquei bobo com a quantidade de músicas emblemáticas (para dizer o mínimo), que foram gravadas ou lançadas em 1971. Exemplos: Imagine (John Lennon), Your Song e Tiny Dancer (Elton John), What’s Going On (Marvin Gaye), You've Got a Friend (Carole King) e Walk on the Wild Side (Lou Reed), Proud Mary (Tina Turner), além de trabalhos de Aretha Franklin, Bob Marley, Sly and the Family Stone, The Who, Joni Mitchell, David Bowie, Rolling Stone...


Com Richard Nixon da presidência dos Estados Unidos e a revolta dos americanos contra a Guerra do Vietnã, 1971 foi um ano marcado por protestos, rebeliões, crimes, mortes. O recorte da série é político e social. Traz casos como o massacre no presídio de Attica, que resultou na morte de 39 pessoas, até a prisão de Angela Davis, professora e militante do partido Panteras Negras, que lutava pela igualdade racial.


Os capítulos não obedecem uma ordem ou cronologia, mas há enfoques na soul music, no reggae, na música eletrônica do grupo alemão Kraftwerk, no rock performático de Alice Cooper...


Outros assuntos abordados são o feminismo, o ativismo negro (com expoentes como o boxeador Muhammad Ali e o escritor James Baldwin) e, claro, as drogas - das mais leves, como a maconha, às mais pesadas, como a heroína, que, provavelmente, provocou a morte de Jim Morrison, líder do The Doors em... 1971!


Eu praticamente "engoli" os oito capítulos, embora dois deles tenha achado aborrecidos. E foram, justamente, os que abordam o universo inglês - será que as canções não são tão familiares aos meus ouvidos? Não falo de Rolling Stones e muito menos de David Bowie que, aliás, encerra 1971 (a série e o ano) de forma brilhante.


O que se vê é uma emocionante compilação de sons e imagens, com todas as cenas de arquivo (muitas delas inéditas). Há, sim, entrevistas recentes com produtores, cantores, músicos, mas todas as vozes estão em off. Assim, perfeitamente, não se quebra o ritmo nostálgico da narrativo.


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