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Foto do escritorMiguel Barbieri

Competencia Oficial: humor ácido e inteligente


Penélope Cruz e Antonio Banderas: métodos pouco ortodoxos de ensaios (foto: divulgação)


Como é bom ver uma comédia inteligente, ácida, irônica, bem escrita e com grandes atores. Eis um resumo das qualidades de Competencia Oficial, no original em espanhol mesmo, que é como você vai encontrar no Star+.


Os argentinos Mariano Cohn e Gastón Duprat são os diretores do ótimo O Cidadão Ilustre, que está na Netflix e também é estrelado por Oscar Martínez.


Em Competencia Oficial, a dupla presta uma espécie de "homenagem" aos atores, mas com alfinetadas na arte da atuação, no egocentrismo dos artistas e na manipulação das interpretações. O resultado, além de divertido (para quem embarcar na proposta), é brilhante.


A trama é sobre um bilionário que, sem saber o que fazer com tanto dinheiro, decide produzir um longa-metragem. Compra os direitos de um livro e escala a premiada cineasta Lola Cuevas (Penélope Cruz) para dirigi-lo. Ela reúne dois intérpretes de gênios opostos para fazer os protagonistas.


Félix Rivero (Antonio Banderas) coleciona prêmios, mulheres e fãs e é um astro internacional. Iván Torres (Oscar Martínez) vem do teatro, é professor e avesso às badalações de festivais.


O roteiro fica concentrado apenas nos ensaios, pouco ortodoxos, da realizadora, Mas é o que basta para entender como funcionam os bastidores do cinema, numa visão explicitamente debochada. Caso fosse uma comédia americana, o filme, provavelmente, descambaria em estereótipos (nada contra), mas, nas mãos de dois diretores e roteiristas muito talentosos, Competencia Oficial vira uma pequena obra-prima.





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