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Barbie: diga não ao pré-conceito e encare a boneca


Ryan Gosling e Margot Robbie: ótimos nos papéis


Só se fala de Barbie e, talvez, você já esteja até cansado(a) de ver o marketing fazer a festa em tonalidades cor de rosa. Mas deixe o pré-conceito de lado e vá ver o filme no cinema. Garanto um programa divertido, inteligente e até emotivo, sobretudo para quem brincou com a boneca.


Talvez Barbie não seja o que você está pensando, ou seja, uma atração infantil, tola e fútil. Ao ganhar classificação indicativa de 12 anos, já se sabe que criancinhas não vão "entender" a proposta da diretora e roteirista Greta Gerwig: usar a própria Barbie (e sua fabricante, a Mattel) para descontruir o mundo patriarcal em que vivemos.


Já pelas cenas iniciais, dá para notar o capricho na direção de arte e nos figurinos (hi, Oscar!). A Barbielândia é dominada pela diversidade de Barbies: asiáticas, negras, gordas, morenas e... a Barbie estereotipada, loira de cabelos longos, esguia, uma modelo perfeita - e Margot Robbie se encaixa perfeitamente no papel.


Ken (papel de Ryan Gosling, igualmente hilário) é o macho imbecilizado, assim como todos outros Kens, o asiático, o negro etc. Sem entrar em detalhes, Barbie e Ken terão suas vidas transformadas (para o bem e para o mal) ao sair de Barbielândia e entrar no mundo real de Los Angeles.


Há deliciosas referências a filmes e várias brincadeiras com a Mattel, além de um humor afiadíssimo. É uma crítica ao machismo e um aceno ao feminismo, temas que a diretora gosta de deixar explícito em seus filmes (Ladybird e Adoráveis Mulheres). Eu ri bastante, como há tempos eu não me divertia no cinema.



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