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Um Lugar: a escolha de viver isolada na natureza selvagem


Robin Wright: atriz e diretora de Um Lugar


Muito se falou da estreia na direção de um longa-metragem da atriz Maggie Gyllenhaal, em A Filha Perdida. Mas nada li a respeito da também estreante Robin Wright, que faz um belíssimo trabalho em Um Lugar, disponível no Telecine (pelo streaming e Globoplay).


Robin Wright, que está com 55 anos, ficou cinco atuando na série House of Cards e, recentemente, voltou ao cinema num pequeno papel em Mulher-Maravilha. Ela brilha mais como atriz e realizadora em Land (título original).


Logo no início do filme, Edee, sua personagem, compra um chalé nas montanhas do Wyoming. Joga o celular no lixo e se desfaz do carro. Está sozinha e totalmente isolada da sociedade em meio à natureza selvagem. Durante os dias menos frios, ela aguenta o tranco e pesca sua própria comida. Mas chega o inverno e, com ele, aparecem as dificuldades da vida de eremita.


Aos poucos, o roteiro mostra, em flashbacks, os motivos que a levaram à decisão radical. Mesmo que não queira mais conviver com humanos, ela aceita os préstimos de Miguel (Demián Bichir).


Robin capta a deslumbrante natureza em detalhes: planos abertos para mostrar as cordilheiras nevadas e closes nas gotas de gelo derretendo.


Um Lugar é um trabalho de silêncios, reações e observações. Com economia de palavras, comove ao registrar uma mulher em transformação por causa de uma saudade infinda.





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