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Foto do escritorMiguel Barbieri

Rumspringa: o amish tratado com humor e respeito


Jonas Holdenrieder: transformação em Rumspringa


Achei que Rumspringa, na Netflix, seria uma comédia boboca e estereotipada, mas me enganei. O filme alemão não cai no jocoso ao retratar o mundo dos Amish e faz uma combinação respeitosa de humor, romance e drama.


Rumspringa é o período em que um amish, chegando à idade adulta, pode sair de sua comunidade para "conhecer o mundo". Ou seja: fazer coisas normais, como andar de carro, tomar cerveja e ter uma experiência sexual. Caso ele goste do novo universo, precisa decidir se volta ou não para seu povo ultrarreligioso e conservador.


Jacob (Jonas Holdenrieder) mora com sua família na Pensilvânia, mas vai cumprir seu rumspringa em Berlim para poder ir em busca de suas raízes alemãs. A confusão começa logo no aeroporto quando seu saco de roupas e documentos é levado, por engano, por uma artista plástica. Na rua da amargura, ele é acolhido por Alf (Timur Bartels), um universitário em crise existencial.


O amish (como é chamado de forma pejorativa pelos novos amigos) tem sua fé e suas crenças, mas, aos poucos, percebe que há prazeres na vida, até então desconhecidos. A experiência de vida traz ao personagem sensações e emoções inéditas, sem que ele perca sua essência e ingenuidade - e o ótimo Jonas Holdenrieder é perfeito para traduzir no corpo e na alma as transformações de Jacob.





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