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Foto do escritorMiguel Barbieri

Noite Passada em Soho: há um gênero identificável?


Thomasin McKenzie: estudante americana de moda em Londres (foto: divulgação)


O bom dos filmes do diretor Edgar Wright é que a gente nunca sabe o que esperar. O cineasta enveredou pela comédia (Chumbo Grosso), pela comédia romântica (Scott Pilgrim Contra o Mundo), pela aventura (Em Ritmo de Fuga) e seu novo trabalho, Noite Passada em Soho, disponível no Globoplay para assinantes do Telecine, é....


Ellie (Thomasin McKenzie, de Jojo Rabbit) mora no interior dos Estados Unidos e é só alegria quando ganha uma bolsa de estudos para cursar moda em Londres. A menina perdeu a mãe ainda criança e foi criada pela avó. Saltitante, ela desembarca na capital inglesa, é recebida friamente por suas colegas de república e muda para um quarto alugado por uma senhora exigente, interpretada por Diana Rigg, que morreu em setembro de 2020.


Numa noite no bairro londrino do Soho, Eloise entra num night club e se dá conta de que está em plena década de 60. E os espelhos refletem uma outra pessoa: a aspirante a cantora Sandie (Anya Taylor-Joy, de O Gambito da Rainha). É bom parar por aqui.


Completando a frase do primeiro parágrafo: o filme é de que gênero? Eis a questão! Ele ameaça ser uma aventura juvenil, envereda rapidamente pelo romance, esbarra no drama, mas, no fundo, é um terror. E não o terror cômico que Edgar Wright praticou em Todo Mundo Quase Morto (2004). Não sei se foram referências do realizador, mas me veio à memória o Polanski de O Inquilino e Repulsa ao Sexo e o Hitchcock de Psicose e da trilha sonora instrumental emulando Bernard Herrmann. Além do clima de perturbação ascendente, Noite Passada em Soho assusta e entretém com suas reviravoltas. Já é algo para te tirar de casa.



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