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Foto do escritorMiguel Barbieri

Meu aniversário: 20 filmes que eu amo a partir de 2001


A Separação: um grande trabalho do mestre iraniano Asghar Farhadi está no Reserva Imovision


Quando um artista faz aniversário, eu posto uma lista no meu Instagram (me siga aqui). E, neste domingo, eu assopro minhas velinhas - e a lista é dos meus filmes preferidos. Confesso que detesto fazer lista de "melhores" porque eu sempre acabo deixando algo importante de fora. Fiz um recorte porque é impossível escolher apenas 20 filmes em mais de 100 anos de cinema. São longas-metragens que eu AMO, de 2001 a 2021. Não coloquei filmes brasileiros nem documentários. Espero que você goste do resultado e parabéns para mim.


Moulin Rouge (2001) > O diretor australiano Baz Luhrmann está sendo muito elogiado pelo recente Elvis, mas eu prefiro esse musical descontruído, que mistura músicas pop numa história de amor que se passa na virada do século 19. É um filme acelerado, esfuziante e contagiante. Onde assistir: Star+.


O Segredo de Brokeback Mountain (2005) > A mais bela e comovente história de amor entre dois homens, caubóis que vivem um romance secreto e impossível, já que ambos têm suas mulheres. Ganhou o Oscar de melhor direção (Ang Lee), mas deveria ter levado também o prêmio de melhor filme. Onde assistir: Netflix, Star+ e Starzplay.


Caché (2005) > O diretor austríaco Michael Haneke faz filmes incômodos e perturbadores e Caché é um dos meus preferidos. Não há como ficar indiferente à história de um casal (Juliette Binoche e Daniel Auteuil) que passa por momentos turbulentos quando fitas de vídeo são deixadas na porta da residência. Onde assistir: Reserva Imovision.



Bastardos Inglórios: o primeiro Tarantino da lista


Bastardos Inglórios (2009) > Sou muito fã de Quentin Tarantino, tanto que coloquei dois filmes do diretor na lista. Em mais uma investida que mistura humor e violência em meio a uma tragédia, o cineasta mostra um desfecho às avessas para a Segunda Guerra Mundial. Genial! Onde assistir: Amazon Prime Video, Star+ e Globoplay.


Up – Altas Aventuras (2009) > Pixar e Disney fizeram animações fabulosas nestes últimos 22 anos. Mas eu precisava escolher só uma. E Up me comove e me diverte na mesma proporção. Talvez seja mesmo a minha preferida. Onde assistir: Disney+.


A Separação (2011) > O diretor iraniano Asghar Farhadi é uma das grandes revelações dos anos 2000 e, não à toa, já tem dois Oscars de melhor filme internacional – o outro é por O Apartamento. A trama aqui é um redemoinho de emoções e conflitos sobre um casal que está em vias de se separar. Onde assistir: Reserva Imovison.


A Pele que Habito (2011) > Como escolher só um filme de Almodóvar, um diretor que tem trabalhos estupendos nestas duas décadas? Mas cravei em A Pele que Habito, uma trama surpreendente e com os elementos de sua filmografia, que marcou o retorno de sua parceria com Antonio Banderas. Onde assistir: HBO Max.



A Caça: o melhor filme de Thomas Vinterberg


A Caça (2012) > O diretor dinamarquês Thomas Vinterberg ganhou o Oscar por Druk, mas deveria ter levado por este fabuloso drama, também estrelado por Mads Mikkelsen. Ele interpreta o professor de escola infantil que é acusado de pedofilia. Onde assistir: Amazon Prime Video.


A Grande Beleza (2013) > Jep Gambardella, interpretado por Toni Servillo, encara a vida de uma forma muito sincera aos 65 anos de idade. E, com esse protagonista marcante, o diretor italiano Paolo Sorrentino realizou uma afiadíssima e demolidora crônica sobre a decadência da alta sociedade de Roma. Onde assistir: MUBI, Looke e FilmeFilme.


Blue Jasmine (2013) > Outra missão impossível: escolher apenas um filme do gigante Woody Allen, já que o mestre realiza um longa-metragem por ano. Eu prefiro Vicky Cristina Barcelona, mas como não está disponível no streaming, vou de Cate Blanchett fazendo a madame empobrecida que vai morar de favor na casa da irmã. Onde assistir: Amazon Prime Video.



Birdman: merecido vencedor do Oscar


Birdman (2014) > O mexicano Alejandro G. Iñárritu conduz uma trama frenética, realizada em vários planos-sequência. O ator interpretado por Michael Keaton é um fracassado que tenta voltar aos holofotes numa peça da Broadway. Levou, para minha alegria, os Oscars de melhor filme, direção e roteiro original, entre outros prêmios. Onde assistir: Star+, Amazon Prime, HBO Max e Globoplay.


Na Ventania (2014) > A história começa em 1941, quando o ditador russo Josef Stalin fez uma “faxina” étnica na União Soviética e deportou mais de 40 000 pessoas da Estônia, Lituânia e Letônia para a Sibéria. Não há diálogos e os atores ficam estáticos enquanto a câmera passeia entre eles em planos-sequência incríveis. Com certeza, você nunca viu algo igual. Onde assistir: Looke.


La La Land (2016) > Vi cinco vezes o esplêndido musical comandado por Damien Chazelle porque o considero uma das mais belas homenagens ao cinema. Do romance entre Mia e Sebastian (Emma Stone e Ryan Gosling), despontam referências a vários clássicos. Fiquei igualmente boquiaberto com a união da trilha sonora com as coreografias, que casam perfeitamente aos números musicais. Onde assistir: Star+, HBO Max, Globoplay.



Eu, Daniel Blake: vencedor da Palma de Ouro


Eu, Daniel Blake (2016) > O diretor Ken Loach levou a Palma de Ouro no Festival de Cannes por essa obra-prima, que mostra as dificuldades de um senhor em conseguir um auxílio do governo após um acidente de trabalho. Onde assistir: Reserva Imovision Globoplay/Telecine.


Dunkirk (2017) > É um trabalho notável de direção e montagem, dando três pontos de vistas sobre a Batalha de Dunquerque, como ficou conhecido o episódio da II Guerra, ocorrido em 1940. Encurralados pelos alemães na França, cerca de 400 mil soldados esperam para ser resgatados pelo mar. Onde assistir: Netflix, HBO Max e Globoplay.


Roma (2018) > O realizador mexicano Alfonso Cuarón não faz concessões para contar, no seu ritmo e em preto-e-branco, sua infância ao lado dos pais e acompanhado da babá e empregada da casa, num bairro de classe média na Cidade do México, dos anos 70. Eu amo! Onde assistir: Netflix.


Era uma Vez em Hollywood (2019) > Tarantino embarca em 1969 para mostrar a amizade entre um ator decadente (Leonardo DiCaprio) e seu amigo e dublê (Brad Pitt) e, com uma ponta de realidade, dá sua versão para a história da atriz Sharon Tate. Onde assistir: Netflix.



Coringa: atuação magistral de Joaquin Phoenix


Coringa (2019) > O diretor Todd Phillips fez um registro perturbador sobre o antagonista de Batman, abusando da violência e promovendo uma crítica da fama a qualquer preço. A Gotham City virou a Nova York do início da década de 80, tomada pela sujeira, cinemas pornôs e punguistas. E a atuação de Joaquin Phoenix, vencedor do Oscar, é uma das mais marcantes das últimas duas décadas. Onde assistir: Globoplay/Telecine.


Parasita (2019) > O grande vencedor do Oscar 2020 conquistou os prêmios de melhor filme e melhor filme internacional. O formidável roteiro enfoca os contrastes sociais da Coreia do Sul a partir de uma família pobre (e muito esperta) que, aos poucos, se infiltra como empregados na casa de um casal de ricaços. Onde assistir: Globoplay/Telecine.


Great Freedom (2021) > Ao lado de Um Herói (ainda não lançado no streaming), é o meu filme preferido de 2022 – até agora. A história começa com Hans (Franz Rogowski), judeu e gay, sendo preso por fazer sexo com outros homens em banheiros públicos. Estamos na Alemanha Ocidental de 1968, onde a homossexualidade era crime. Onde assistir: MUBI.




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