A protagonista Agata Trzebuchowska: descobertas
O polonês Pawel Pawlikowski tem um rigor estético admirável e gosta de trabalhar com fotografia em preto e branco. Foi assim com Guerra Fria e em seu filme anterior, Ida, vencedor do Oscar 2015 de melhor filme estrangeiro e disponível com exclusividade na MUBI.
O formato da tela é quase quadrado para contar a triste história de Anna (Agata Trzebuchowska). Na Polônia comunista de 1962, ela é uma noviça órfã que, prestes a fazer seus votos, tem um segredo revelado por sua tia. Anna, na verdade, é Ida Lebenstein, filha de judeus mortos durante a Segunda Guerra.
A parente tira sua sobrinha do convento e, juntas, embarcam numa jornada para localizar as últimas pessoas que tiveram contato com os pais biológicos de Ida. O filme tem certa frieza emocional, mas a trajetória da protagonista, marcada por descobertas, é fascinante.
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