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Foto do escritorMiguel Barbieri

Evidências do Amor: por que sofrer por uma paixão?

Fabio Porchat e Sandy: eles têm química, sim


Semana passada, escrevendo sobre Uma Família Feliz, eu disse que os (bons) filmes brasileiros precisam encontrar seu público. Pois bem. Evidências do Amor, em cartaz nos cinemas, é, talvez, a melhor tentativa dos últimos anos, trazendo de volta um gênero que estava esquecido: a comédia romântica.


Logo na primeira sequência, numa festa com karaokê, dá para sentir o clima romântico só pelos olhos de Marco, personagem de Fabio Porchat. Ao ver Laura (Sandy) cantar Evidências, ele se encanta pelo conjunto da obra.


Marco e Laura têm afinidades e começam a namorar. Três anos depois, com o casamento marcado, ela desiste do relacionamento. Marco amarga uma depressão por um ano e, como num passe de mágica, volta, literalmente ao passado, quando escuta a música Evidências.


Sim, você ouvirá a canção de José Augusto, eternizada nas vozes de Chitãozinho e Xororó, milhões de vezes e de jeitos distintos. O roteiro, escrito a oito mãos (duas são de Porchat), é esperto ao apresentar uma história cômica, porém com um bom fundo emocional dramático. Ao rever sua trajetória de amor, Marco perceberá como e por que errou na relação a dois.


Acho muito bonito também como o filme presta homenagem, não só ao compositor José Augusto (que faz uma divertida participação), mas também a Norma Blum, atriz de 84 anos, que foi protagonista de várias novelas na Globo nos anos 70, como Senhora, Bravo! e Escrava Isaura.


Desde que o filme foi anunciado, juro que não conseguia enxergar Porchat e Sandy como um par romântico. Me enganei muito. A química do casal é excelente da primeira à última cena.




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