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Uma Família Feliz: um mistério para ser desvendado


A família: não tão feliz como aparece na foto


As duas maiores bilheterias recentes do cinema nacional são de uma comédia (Minha Irmã e Eu) e de um drama espírita (Nosso Lar 2). Mas muitos filmes brasileiros, bons ou ruins, são realizados para um nicho de público que não encontram os números desejados. Ou seja: o cinema brasileiro precisa achar uma saída e, quando encontra, faz um filme "de gênero" e... a crítica fala mal. Foi o que aconteceu, no Festival de Gramado do ano passado, com Uma Família Feliz, que estreia nesta quinta (4) nos cinemas. Serei do contra: eu gostei!


O roteiro é de Raphael Montes que, posteriormente, escreveu o livro. O autor mistura drama e suspense para tocar em temas oportunos, como machismo, depressão pós-parto, vida em condomínio...


A trama começa pelo final. Vemos uma mulher tentando enterrar uma criança e levando à força uma garota para dentro de um carro. Ela dirige em alta velocidade e há uma colisão.


Volta-se no tempo. Eva (Grazi Massafera) é casada com Vicente (Reynaldo Gianecchini) e espera seu primeiro filho. Ele é viúvo e pai de gêmeas, que se dão muito bem com a madrasta. Quando o bebê nasce, a família passará por uma desestruturação. A mãe está no puerpério e sente-se desconfortável com algumas situações. Um hematoma na barriga do filho levantará suspeitas: quem estará fazendo mal à criança? A mãe ou o pai?


Fiquei plugado no suspense misterioso e bem conduzido pelo diretor José Eduardo Belmonte (de Alemão 1 e 2). A desconfiança de ambos é plausível e a gente se sente num redemoinho de emoções. Pode ser que o roteiro tenha uma falha aqui ou ali, mas nada que compremeta o resultado final e seu desfecho inesperado (não saia da sala assim que acabar porque tem um cena pós-créditos).


Confira meu bate-papo com Reynaldo Gianecchini e Grazi Massafera:








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