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Curral: a politicagem brasileira exatamente como ela é


Curral: Chico Caixa e o candidato a vereador: campanha animada (foto: Daniela Nader)


Muitos anos atrás, um filme político brasileiro não chamava tanta a nossa atenção quanto agora. Nos tornamos mais interessados por política, após tantos governos desastrosos? Acredito que sim. Com as eleições em outubro de aproximando, o drama Curral chega em ótima hora na Netflix.


Marcelo Brennand manda muito bem como diretor e roteirista em seu primeiro longa-metragem de ficção. Curral, ao contrário de vários filmes brasileiros de iniciantes, não é pretencioso e dá seu recado indo direto ao ponto.


Numa pequena cidade do sertão pernambucano, a água ainda é artigo de luxo para várias famílias. E é na intenção de ajudá-las que Chico Caixa (Thomás Aquino) decide trabalhar na campanha de seu amigo, o advogado Joel (Rodrigo García), que quer se eleger vereador.


As promessas são as mesmas e o povo carente, felizmente já desconfiado, acaba caindo na velha ladainha. O sistema de compra de votos é explicitado no roteiro, assim como as coligações eleitorais, que acabam unindo adversários partidários. É a arcaica política brasileira dando as caras num cinema-verdade necessário.





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