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Mare of Easttown envolve mesmo sendo imperfeita

Foto do escritor: Miguel BarbieriMiguel Barbieri

Foto: divulgação


Mare of Easttown foi muito elogiada, não só por críticos quanto pelo público. Li comentários de quem viu um capítulo por semana, a ansiedade aumentava. Eu não vi desse jeito. Assisti à série em dois dias pelo NOW (e está também na HBO Max). Será por isso que fiquei levemente frustrado?


Kate Winslet é produtora e a protagonista. Entrega-se com afinco e brilho ao papel de Mare, investigadora de polícia de uma pequena cidade da Pensilvânia. Mare perdeu um filho, que lhe deixou um neto para criar. Mora com a caçula adolescente e com a mãe bisbilhoteira. Tem poucos amigos e vários inimigos, já que não desvendou o caso de uma moça que desapareceu um ano atrás. E a situação vai piorar. O primeiro episódio termina com o assassinato de uma jovem de 17 anos, mãe solteira de um bebê.


A série é "vendida" como uma trama policial, mas vai além disso. É um registro sobre o amor (ou desamor) de mães e pais e um tratado sobre relações familiares. Ao se buscar o criminoso, Mare depara com outros problemas - seus e dos outros.


Fiquei envolvido nos sete episódios e, sobretudo no derradeiro, há reviravoltas que surpreendem. Contudo, não considero uma série perfeita. O "quem matou?", grande mistério do enredo, não me convenceu. Há também personagens e situações que, num roteiro mais enxuto, poderiam desaparecer. Exemplos: o professor interpretado por Guy Pearce e o drama da mulher às voltas com o irmão drogado. São subtramas usadas para prolongar uma história que já tinha força e conflitos suficientes para seguir sem apêndices dispensáveis.


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© 2023 por Miguel Barbieri

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