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Beau Tem Medo: embarque na insanidade


Joaquin Phoenix interpreta Beau: ele tem medo de tudo (foto: Diamond Films)


Não há melhor lugar para começar Beau Tem Medo, em cartaz nos cinemas, do que no consultório de um psiquiatra. Ao longo de três horas, Beau (Joaquin Phoenix) fará uma jornada repleta de perigos (imaginários ou não) de fundir a cuca do espectador. O filme, complexo, não faz concessões mas, do meu ponto de vista, é muito instigante. Consigo, porém, entender quem vá se sentir irritado ou mesmo saia no meio da sessão.


Adoraria saber o que se passa na mente fértil de Ari Aster, roteirista e diretor dos também perturbadores Hereditário e Midsommar. Acredito que, em Beau Tem Medo, ele vá mais longe (inclusive na duração) no universo psicológico ao apresentar um personagem que tem medo de tudo.


Beau mora num bairro de uma violência extrema, é acolhido por um casal aparentemente "normal", se vê numa floresta imaginando sua vida futura e, ao final, tem um reencontro que faz a trama ganhar um sentido - seja ele qual for.


O realizador tem um domínio visual tão eficiente que fiquei grudado nos insanos desdobramentos. Três horas, contudo, são excessivas. Me parece que a A24, produtora queridinha do momento, dá tanta liberdade aos criadores que eles não sabem o que deixar na ilha de edição.



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