Sim, eu sei que vi atrasado, já que A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas estreou na Netflix em abril do ano passado. E só vi porque é um dos cinco candidatos ao Oscar de melhor animação. Assisti a quatro dos cinco concorrentes - e achei o melhor!
Eu adoro Luca, mas Raya e o Último Dragão e Encanto não me empolgaram muito. Flee, o desenho dinamarquês, está inédito no Brasil. Portanto, A Família Mitchell é o meu preferido do Oscar. E, caso ganhe (acho difícil), dará uma pausa na hegemonia Disney/Pixar - Mitchell é uma produção da Sony Animations.
Katie foi aceita numa faculdade de cinema e realizará seu sonho de ser diretora de animações. De quebra, sairá do ninho. Ela não vê a hora de partir e ficar longe dos pais e do irmão caçula. Só que o pai dela tem uma ideia "diferente". Ao invés de Katie pegar um avião, a família vai levá-la de carro até a universidade, fazendo uma travessia pelos Estados Unidos.
E qual o motivo da revolta das máquinas? Um empresário da tecnologia criou robôs que atendem a várias necessidades. Só que algo dá errado na primeira apresentação e tudo sai fora de controle.
Além de abordar a família de uma forma coerente e não menos emocionante, a animação brinca com a tecnologia de forma esperta. Não faltam piadas com Instagram, YouTube, celulares e inteligência artificial. Há muita ação com técnica que mistura o 3D o 2D, o desenho animado "à moda antiga".
Me diverti muito. Tem, é claro, uma pegada fantasiosa de ficção científica, com alienígenas querendo dominar a Terra, mas, lá no fundo, A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas é um filme sobre uma família que, mesmo com o mundo desabando, se une para um bem comum.
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