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Todo Dia a Mesma Noite: para emocionar e buscar justiça


Débora Lamm e Thelmo Fernandes: pais de vítima


Há dez anos, na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013, 242 pessoas morreram no incêndio da boate Kiss, em Santa Maria, Rio Grande do Sul. Eram jovens com futuros promissores, que foram mortos por várias irresponsabilidades, conforme se vê na minissérie Todo Dia a Mesma Noite, da Netflix.


A princípio, achei que o material tivesse um linha apelativa, mas me enganei. Baseada no livro-reportagem da jornalista Daniela Arbex, a trama já mostra o incêndio logo no primeiro episódio. A partir daí, o foco está, primeiro, no sofrimento dos pais e, em seguida, na luta deles por justiça.


A opção da diretora Julia Rezende é mostrar de forma realista como tudo aconteceu para que o espectador sinta na pele o desespero das vítimas e a dor dos pais. Não vi motivo de uma polêmica que se formou: a de que a série estaria transformando o sofrimento em entretenimento. Pelo contrário: acho que Todo Dia a Mesma Noite serve de instrumento para que o caso policial tenha, finalmente, uma conclusão. O roteiro está, a todo instante, ao lado das vítimas - e isso já conta muitos pontos!


Tem problemas? Diria probleminhas, como (poucas) atuações fora do ponto e alguns diálogos com frases de efeito. As qualidades são maiores. Além da competente produção (da fera Mariza Leão), Todo Dia a Mesma Noite conta com um elenco espetacular. Destaco os três pais que enfrentaram os promotores, interpretados por Paulo Gorgulho, Leonardo Medeiros e Thelmo Fernandes. É impossível não se emocionar com eles em vários momentos - e olha que, muitas vezes, eu tenho coração de pedra.




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