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Eduardo e Mônica: a perfeita tradução de Renato Russo


Alice Braga e Gabriel Leone: química ímpar e entrega absoluta aos papéis (foto: Mariana Vianna)


Rodado em 2018, Eduardo e Mônica é o segundo filme de René Sampaio a partir de uma canção da Legião Urbana - o primeiro foi Faroeste Caboclo, de 2013. E, acredite!, o resultado é melhor do que o esperado. O filme está nas plataformas de aluguel, como o NOW, da Claro.


René Sampaio deixou a adaptação para o cinema da letra de Renato Russo a cargo de Matheus Souza, roteirista de 33 anos que entende bem a juventude, conforme demonstrou nos fofos Apenas o Fim e Tamo Junto.


Além do desafio de transpor uma música para as telas, um dos obstáculos estava na escolha do casal de protagonistas. Embora com dez anos de diferença, Alice Braga e Gabriel Leone desempenham seus papéis com química ímpar e entrega absoluta. Acreditamos, sim, que o Eduardo e a Mônica, imaginados por Renato Russo, estão presentes de carne e osso.


A trama é situada na Brasília de 1986. Estudante desencanado com o futuro, Eduardo é desajeitado com as mulheres, mas não resiste em dar uma cantada em Mônica, que, além de recém-formada em medicina, faz performances artísticas nas baladas. A princípio, há um estranhamento por parte dela por achá-lo muito infantil. Mas não demora para Eduardo provar que é um cara sensível e amoroso - e é o que basta para eles engatarem um namoro com idas e vindas.


A recriação de época é impecável (quem viveu os anos 80 vai notar detalhes incríveis) e a trilha sonora, responsável por grande parte do orçamento do filme, é de tirar o chapéu. Você vai ouvir Titãs, A-ha, The B-52s e The Clash, entre outros, nas versões originais. E é impossível não se emocionar em ao menos dois momentos: Leone, com o objetivo de conquistar a amada, soltando a voz pequena em Total Eclipse of the Heart, e o belíssimo desfecho, ambientado numa instalação artística. Os apaixonados entenderão.





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