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Depois a Louca Sou Eu começa bem, mas frustra


Foto: divulgação


Estava com uma alta expectativa com relação à adaptação do livro de Tati Bernardi para o cinema. Depois a Louca Sou Eu estreou nas salas em fevereiro e chegou ao Amazon Prime Video.


Comecei gostando e me divertindo. Débora Falabella interpreta Dani, uma publicitária que narra sua vida desde criança e sempre sob a superproteção da mãe (Yara de Novaes). Já adulta, ela desenvolveu doenças como a ansiedade e teve crises de síndrome do pânico. Na primeira meia hora, a história acerta no tom cômico. Quem já passou ou passa por isso, pode se identificar com algumas cenas.


Mas é pena que a comédia tome o rumo do drama e desande. Se é para satirizar, que o faça na boa linhagem da espanhola Toc Toc. Confesso que tenho certa implicância quando filmes tratam de doenças com um tom leviano. E é o que acontece em Depois a Louca Sou Eu. Quando o assunto se torna sério, o roteiro volta atrás: abandona a graça e enfoca o cotidiano de Dani em meio às crises e ao vício em Rivotril e similares. Não convence, assim como o psicanalista interpretado pelo ator Gustavo Vaz.


Como uma publicitária antenada, que trata com executivos de grandes agências, se entope de medicamentos controlados sem ao menos consultar um psiquiatra? Foi uma das perguntas que me fiz ao longo do filme que, já na metade, me pareceu trair sua proposta inicial.


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