Julio Andrade: atuação magistral do ator
Já deve ter acontecido com você: começar odiando uma minissérie e chegar ao final com lágrimas nos olhos. Foi o que se passou comigo assistindo a Betinho – No Fio da Navalha, do Globoplay.
São oito episódios para contar a vida de Herbert de Sousa, o Betinho, eternizado na música O Bêbado e a Equilibrista, na voz de Elis Regina. A história vai de 1966, quando Betinho, sociólogo e militante de esquerda, vivia na clandestinidade, até sua morte, em decorrência da Aids.
O primeiro episódio não é um bom cartão de visita, já que se atropela nas informações. Tudo melhora quando Betinho volta ao Brasil, após ficar exilado oito anos no exterior, e começar sua trajetória em ações e movimentos contra a pobreza e a desigualdade social.
Os capítulos que envolvem a Aids, doença que matou também seus dois irmãos, o músico Chico Mario e o cartunista Henfil, são comoventes. Além de um ótimo registro de época, No Fio da Navalha tem uma atuação estupenda de Julio Andrade, que revive Betinho de uma forma impressionante.
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