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500 Mil Quilômetros faz incisiva crítica à Índia


Foto: divulgação


O cinema indiano não é feito só de danças e músicas, como nas produções de Bollywood. É um país grande e diverso - e isso se reflete também no audiovisual. 500 Mil Quilômetros, na Netflix, é uma prova.


Exibido no Festival de Veneza 2020, o filme traz à tona a triste trajetória de Ghalib (Suvinder Vicky). Ele é um caminhoneiro que está com dor nas costas, mas precisa trabalhar para sobreviver. Para piorar, sua esposa morreu recentemente e a família dela está cobrando um dívida na qual ele não tem dinheiro para pagar.


Ghalib também está ameaçado de perder o emprego, já que os patrões colocaram um jovem para aprender a dirigir seu velho e rodado caminhão.


Há várias "Índias" no registro de narrativa lenta e observação profunda. Os capitalistas selvagens querem colocar de escanteio um homem na meia-idade doente e sem recursos para seguir adiante. E, na Índia rural, um concelho de idosos se reúne para decidir o quanto o viúvo deverá pagar para a família de sua esposa. São aspectos distintos de enxergar as cobranças feitas aos pobres trabalhadores no país asiático.


Mas não espere respostas prontas nem roteiro formulaico, já que a derradeira cena demonstra que um círculo vicioso vem pela frente.


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